5 de junho de 2012

PSD/Algarve quer total esclarecimento sobre contrato da concessão “Algarve Litoral”

Faro, 04 de Junho de 2012

O PSD/Algarve quer que sejam esclarecidos todos os contornos em torno do contrato da subconcessão Algarve Litoral que, segundo o Tribunal de Contas, podem estar feridos de ilegalidade nomeadamente no que concerne ao pedido de visto prévio e que pode ter resultado num agravamento da despesa pública na ordem dos 700 milhões de euros (em todo o País).

Recorde-se que a concessão “Algarve Litoral” foi apresentada, com pompa e circunstancia, pelo ex-secretário de estado das obras públicas Paulo Campos, como a resolução dos problemas rodoviários no Algarve, nomeadamente a requalificação da EN 125. Foi igualmente este pressuposto que levou à decisão da introdução de portagens na Via do Infante pelo governo do Partido Socialista liderado por José Sócrates. A concessão em causa, adjudicada a um consórcio liderado pela Edifer, previa, entre muitas outras intervenções, a construção de variantes às cidades de Albufeira, Lagos, Loulé (Almancil), Faro, Olhão e Tavira. No entanto e passados cerca de 5 anos sobre o inicio do processo, verifica-se que muitas dessas obras não tiveram inicio e as que tiveram encontram-se paradas ou num andamento extremamente lento.

Para além de grande importância que uma intervenção na EN 125 tem, importa clarificar a formula como foi conduzido todo este processo que levou à constituição de uma PPP (Parceria Público Privada) que mais uma vez se mostrou ruinosa para o Algarve e para o Pais. Neste contexto assume ainda maior importância o apuramento dos factos porque eles estiveram de facto no argumento que levou à introdução de portagens na Via do Infante que tanto tem penalizado o Algarve.
 
Importante ainda recordar que hoje a Via do Infante se encontra condicionada ao pagamento de portagens fruto de outro ruinoso negócio em igual formato (PPP) de um governo igualmente socialista. O modelo em causa, que criou um enorme buraco nas contas públicas, foi sempre defendido pelos governantes socialistas e hoje, fruto da necessidade de pagar tal factura, obriga a condicionar o desenvolvimento da região, nomeadamente a sua mobilidade.
 
Luís Gomes, Presidente do PSD/Algarve, espera que “o Tribunal de Contas leve a cabo a auditoria necessária ao esclarecimento cabal desta negociação, esperando que, caso se confirme actos danosos para o erário público, eles sejam reconhecidos e punidos exemplarmente. No entanto, não deixaremos de lutar junto do governo para que as obras continuem e assim possa ser concretizada esta aspiração dos algarvios” . O dirigente acrescenta ainda que “este é o momento do Governo fazer um balanço da introdução de portagens na Via do Infante. Um balanço em termos económicos e de rentabilidade e um balanço da circulação na via. É importante percebermos o impacto que estes primeiros meses de portagens tiveram para melhor compreender e adequar esta a solução actual”.
 
Gabinete de Comunicação do PSD Algarve

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